28/06/2012

As 12 etapas da decisão do voto

Como os eleitores escolhem os candidatos em uma eleição?
Aqui está uma síntese do processo psicológico que é percorrido pelo cérebro humano. 
  1. O sistema político emite uma multiplicidade de mensagens.
  2. As mensagens não chegam diretamente para ao cérebro das pessoas, mas passam por um filtro de camada tripla que inclui os meios de comunicação, as redes sociais e suas próprias experiências de vida.
  3. Quando as mensagens entram no cérebro de um indivíduo, já foram modificadas através dos filtros.
  4. O cérebro incorpora as mensagens com base em procedimentos fundamentais para a obtenção de informações.
  5. O cérebro do receptor (eleitor) não lê as mensagens da mesma forma que saíram do emissor (candidato), nem na forma como emergiram dos filtros, mas sim, faz uma decodificação baseada em seus próprios códigos.
  6. Dentro do cérebro as mensagens não permanecem idênticas depois de descodificadas, mas são processadas e novamente transformadas.
  7. As mensagens são então armazenadas de acordo com determinados parâmetros individuais, os quais, posteriormente, vão influenciar a forma de recuperação pela memória.
  8. O cérebro do eleitor avalia as mensagens com base em 7 critérios-chave: objetivo (propósito), problema (existente), solução (apresentada), personalidade (do candidato), marca (reputação) posicionamento (da candidatura) e confiança (no candidato).
  9. O eleitor toma uma decisão primária após uma avaliação inicial das informações que possui.
  10. Essa decisão primária é novamente filtrada pela sua experiência de vida, pelas redes sociais às quais pertence e pela mídia, não necessariamente nessa ordem.
  11. Ao passar por esses filtros, a decisão primária em quem votar pode ser descartada, alterada (redirecionada) ou confirmada. No primeiro caso, recomeça o processo de avaliação a partir da etapa 8, enquanto que nos outros dois o eleitor se encaminha para uma decisão  definitiva.
  12. Finalmente, o eleitor vota em quem escolheu.
Entender o comportamento do eleitor é indispensável para quem busca o êxito nas urnas. Antes de gastar com propaganda ou pagamento de cabos eleitorais, o candidato inteligente se preocupa com sua estratégia eleitoral. Em qualquer eleição, não necessariamente vence o candidato mais forte ou com maiores recursos. Vence, sim, o mais bem posicionado na percepção do eleitor.

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Fonte: adaptado a partir de original publicado em http//www.psicociudad.com.

Propaganda: menos de 2% é recordada no dia seguinte

As mensagens publicitárias estão por todos os lados: na tv, no rádio, na internet, nos jornais e revistas, nas placas e cartazes de rua, nos folhetos, nas prateleiras dos supermercados, nos táxis, nas embalagens dos produtos, nas paradas de ônibus e dentro dos próprios ônibus urbanos, nos games, nos prédios, nos elevadores, no telefone celular, nas ruas e em qualquer lugar que possa ser alcançado pelos nossos olhos e ouvidos.

No começo dos anos 90, a estimativa era que, em cidades médias e grandes do Brasil, cada pessoa estava exposta a mais de 1.500 mensagens de propaganda por dia. Hoje esse número já dobrou, superando a marca dos 3.000 apelos publicitários diários. Diante disso, imagine o tamanho e a ferocidade da competição que enfrentam as mensagens políticas para chegar ao cérebro humano.

Uma dura realidade: o público não está onde o político acredita que ele esteja. Os eleitores não estão sentados escutando, analisando e recordando dos argumentos dos políticos. Os eleitores estão simplesmente ocupados com suas vidas, com seus problemas pessoais de todo dia.

Um estudo feito por Eric Clark ilustra bem esse problema. Do total de anúncios publicitários que chegam até uma pessoa, somente 30% conseguem causar alguma impressão na memória. Ou seja, duas de cada três mensagens não são percebidas, desaparecem praticamente sem deixar rastros na lembrança. E o que é pior: desses 30% que o cérebro registra, só a metade é compreendida e apenas 5% são lembradas no dia seguinte. Portanto, de toda a carga de apelos de propaganda que jogam sobre nós todos os dias, não conseguimos recordar nem de 2% deles no período de 24 horas.

Por que isso acontece? É muito simples: o cérebro humano tem uma proteção natural diante da avalanche diária de mensagens. Tantas mensagens de todo tipo ultrapassam a sua capacidade de processamento, e o cérebro se defende criando uma espécie de muralha de proteção ao seu redor. Essa barreira reduz drasticamente a quantidade de mensagens que realmente chegam até ele. E, também, obriga que as mensagens tenham determinados padrões qualitativos para que consigam chegar ao seu destino.

Isso explica porque uma campanha política não pode ser feita de qualquer jeito, de forma amadora ou desorganizada. A propaganda eleitoral, para ser eficiente e eficaz, deve ser conduzida por profissionais especializados e com sólida experiência. Por outro lado, propaganda eleitoral não pode ser confundida com publicidade de produtos. Entregar a comunicação política a um publicitário que sempre fez anúncios de mercadorias e serviços pode ser um grande equívoco. Antes de comprometer recursos com publicidade, o candidato inteligente prioriza a orientação estratégica da sua campanha, através de um bom planejamento de marketing. É o estrategista eleitoral quem pode planejar com adequação as diferentes ações da campanha, onde a propaganda é apenas uma delas. Esse é o melhor caminho para evitar que 98% dos seus recursos de comunicação sejam jogados fora.

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25/06/2012

De volta às pesquisas eleitorais

Por Julio Tannus*

O Congresso Nacional Brasileiro continua legislando sem qualquer conhecimento de causa; e pior, sem assessoria técnica competente. Em reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo dia 14 de junho de 2012, com chamada em sua primeira página com o título “Proposta torna crime erro em pesquisa eleitoral”, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou um projeto que torna crime a divulgação de pesquisa de intenção de voto até cinco dias antes da eleição quando o resultado final ficar acima da margem de erro prevista. Isto é um imenso absurdo!

06/06/2012

1 milhão de empregos nas eleições

O estrategista eleitoral Paulo Di Vicenzi, diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos - ABCOP,  estima que mais de 20 de setores da economia serão beneficiados com as eleições municipais deste ano. Serão movimentados centenas de profissionais e empresas que atuam áreas como pesquisas de opinião pública, gráficas, telemarketing, assessoria de imprensa, publicidade, produção de áudio, vídeo e fotografia, locação de veículos, impressão digital e serviços de internet, entre outros.

As vagas são temporárias e serão ocupadas no período de julho a outubro deste ano, quando os candidatos a prefeito e vereador vão contratar um batalhão de cabos eleitorais, para correr atrás dos votos que precisam para vencer as eleições municipais. Os salários variando do mínimo de R$ 622 a cerca de R$ 1 mil. "Considerando a estimativa de um total de 22 mil candidatos a prefeito e mais de 100 mil a vereador, um contingente de 3 milhões de pessoas devem atuar nas próximas eleições, das quais 1 milhão serão remuneradas para trabalhar", avalia Paulo Di Vicenzi, acrescentando que "a campanha eleitoral gera um produto interno bruto (PIB) muito alto, especialmente nas cidades