16/12/2010

Estudo revela as tendências da informação e dos meios para 2015

Publicação revela a percepção dos especialistas em comunicação sobre a informação e as plataformas de mídia. A pesquisa TIME avalia a realidade atual e projeta um provável cenário para 2015. O projeto é fruto de uma parceria entre a Qualidata Pesquisas e a Coletiva.net.

29/10/2010

Comunicadores e anunciantes avaliam tendências da comunicação

Profissionais participaram de grupos de discussão promovidos por Coletiva.net e Qualidata. 

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Mesa-redonda promovida por Coletiva.net com comunicadores Foto: Tânia Meinerz

Em dois encontros com duas horas de duração cada um, sete profissionais de comunicação e cinco representantes de empresas e instituições com atuação como anunciantes avaliaram nesta quarta-feira, 27, na sede de Coletiva.net, os rumos dos meios de comunicação no Estado. Os grupos de discussão foram promovidos pelo portal e por Qualidata Informações Estratégicas como atividade complementar à pesquisa

15/10/2010

A internet e a desconstrução da imagem de candidatos

Difamações ampliaram rejeição a Dilma, avalia diretor do Sensus
ANDREA JUBÉ VIANNA - Agência Estado

O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, e o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuíram a um "processo de difamação" contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, o aumento da rejeição à candidata, indicado na pesquisa do Instituto Sensus divulgada esta manhã. Por causa desse "fenômeno sociológico", o instituto decidiu não fazer um prognóstico sobre o resultado final da eleição.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou que 35,4% dos eleitores não votariam em Dilma Rousseff. No levantamento anterior, esse índice era

08/10/2010

E se o voto não fosse obrigatório?

“A tentação é grande… Seus amigos querem saber o que você vai fazer no feriado, as agências de viagem anunciam pacotes para a data. E você pensa que, em pleno calor de 15 de novembro (ou de 3 de outubro), um dia livre é mesmo um convite ao lazer. Afinal, com o fim do voto obrigatório, essas datas viraram simples feriados.

Mas não é que, justo agora que acabou a obrigação de votar, a eleição parece mais interessante? Os temas da campanha são bem mais palpáveis, os problemas discutidos pelos candidatos se assemelham aos seus e tem até gente acenando com uma solução! Será que eles, finalmente, descobriram que eu existo?, você pensa.

Chega o dia da eleição. E, de repente, você está com o título de eleitor na mão, votando! Utopia? Coisa de país desenvolvido? Nem tanto. O voto voluntário torna o eleitor bem mais

06/10/2010

Como saber o que se passa na cabeça do consumidor?

Novos estudos sobre neuromarketing dão boas pistas para incrementar as vendas.
Fonte: Heloíza Camargo e Sérgio Tauhata   http://www.revistapegn.globo.com/ - http://is.gd/fOmhV


Na guerra dos refrigerantes mais populares do mundo, as sutilezas no sabor de cada fórmula definem se alguém vai gostar de Coca-Cola ou Pepsi. Essa era a percepção geral até a neurociência — ramo de pesquisa que usa aparelhos para mapear o cérebro e identificar as áreas de comportamento — demonstrar o contrário. Na verdade, o gosto muda de acordo com as ideias e lembranças relacionadas pelo consumidor à marca.

A conclusão faz parte de um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos. Os cientistas queriam entender como o cérebro dos consumidores decide a preferência por uma ou outra bebida. Em 2004, 67 voluntários

01/10/2010

Cola Fácil

Imprima uma cola para ajudar a sua memória na hora de votar.
Escolha o seu estado e, em seguida, busque seus candidatos clicando no campo correspondente.

É fácil, é simples, é rápido! CLIQUE AQUI e faça sua Cola.

22/09/2010

66% dos eleitores ainda não escolheram deputado federal

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 8 e 9 de setembro/2010 revela que dois terços dos eleitores ainda não decidiram em quem irão votar para deputado federal.

As maiores quantidades de indecisos para deputado federal estão nas seguintes capitais:
80% - Belo Horizonte
78% - Curitiba
73% - Porto Alegre
71% - São Paulo
70% - Salvador

Veja aqui os resultados da pesquisa Datafolha: http://is.gd/fnG3s

20/09/2010

Dilma recupera pontos perdidos após denúncias envolvendo Erenice

Pesquisa diária mostra que Dilma já recuperou maior parte dos pontos que havia perdido desde que Erenice foi acusada por revista.



Veja Tracking Vox/iG/Band AQUI.


Dilma praticamente volta para o mais alto índice de 54% na pesquisa diária.

16/09/2010

Dilma cai de 54% para 51% após denúncias contra Erenice


Pesquisa diária revela que Dilma perdeu pontos nos últimos dias.
Veja Tracking Vox/iG/Band AQUI.
Dilma volta para os mesmos índices que tinha no início de setembro.

08/09/2010

Mensagens por telefone podem salvar campanha

8/9/2010  - Belo Horizonte.
A campanha do candidato a governador de Minas Gerais, Hélio Costa (PMDB), editou uma mensagem de telefone de Lula que será dirigida aos eleitores mineiros usando uma fala gravada anteriormente pelo petista. Com o avanço do governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição, nas pesquisas de intenção de voto, Costa joga as fichas na nacionalização da campanha estadual e na popularidade de Lula.


O recurso da mensagem por telefone foi usado pelo ex-governador Aécio Neves (PSDB), candidato a senador, em favor de Anastasia e considerado eficaz.

CLIQUE AQUI e veja como funcionam as mensagens por telefone.

"Eu gravei a mensagem de telefone e tem uma participação do Lula pedindo voto para mim", disse ontem Costa. "É uma fala minha e dele. Nós vamos fazer várias outras gravações, para a televisão, para o rádio e para o telefone. A intenção é que a mensagem atinja entre 3,5 milhões e 4 milhões de telefones fixos no Estado. O ex-governador (Aécio) fez no Estado inteiro, acho que ele cobriu 4 milhões de aparelhos", comentou Costa.


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=847044

CLIQUE AQUI e veja como funcionam as mensagens por telefone.

20/08/2010

Feijão Tio João, por que não!?

A percepção do consumidor é misteriosa e, por vezes, divertida.
Por André D`Angelo*


Desde 2005, a pesquisa "Marcas de quem decide", realizada pela QualiData em parceria com o Jornal do Comércio (Porto Alegre), aponta como líder em lembrança de marca e preferência dos entrevistados, na categoria feijão, a marca Tio João. Detalhe: não existe o feijão Tio João. Existe o arroz.


O caso não chega a ser inédito. A açúcar União, anos atrás, lançou novos produtos como fermento e barras de cereal baseada numa pesquisa que indicava que as donas de casa faziam elogios a esses produtos da marca – que, à época, sequer existiam. A Victorinox, histórica fabricante de canivetes, lançou sua linha de relógios de pulso de forma semelhante: ao ouvir consumidores falarem bem de um produto que jamais fora cogitado pelo staff da empresa.


Esses exemplos mostram como a percepção do consumidor é fascinante – e como deve ser sempre sondada antes do lançamento de um produto ou marca. O recado que passam com essas confusõezinhas mentais é de que enxergam semelhanças entre as categorias de produto em questão, e que veem a marca como habilitada a atuar em mais de uma delas. Ou seja, por mais curiosa e equivocada que seja, a visão dos consumidores funciona como uma dica, um sinal de oportunidade não aproveitada.


A propósito: por que a Josapar, dona da marca Tio João, não aproveita e lança o feijão com este nome? Ok, a empresa já comercializa o feijão Biju, e deve temer a canibalização... mas não pareceria lógico fazer a tentativa? Mesmo que não existam garantias de sucesso (a União, por exemplo, fracassou), será que não se trata de uma oportunidade que a empresa está deixando passar?

*Professor e consultor de marketing, autor do livro "Precisar, não precisa: um olhar sobre o consumo de luxo no Brasil".
Fonte: Revista Amanhã, em 19/08/2010 - http://is.gd/esdiI
_____
 
Comentário de Paulo Di Vicenzi, diretor da QualiData e responsável pelo projeto Marcas de Quem Decide:
 
A categoria "Feijão" deixou de ser avaliada na pesquisa Marcas de Quem Decide, a partir da edição de 2010. André D´Angelo pergunta em seu texto: "Por que a Josapar, dona da marca Tio João, não aproveita e lança o feijão com esse nome?" Essa mesma indagação eu fiz ao longo de vários anos, por ocasião da apresentação dos resultados dessa pesquisa ao empresariado gaúcho. Sempre entendi que nosso estudo revelava uma ótima oportunidade a ser explorada. Afinal, além de feijão ser um produto automaticamente associado a arroz no prato dos brasileiros, é muito mais fácil colocar uma marca no saquinho plástico do que na cabeça do consumidor. Nossa pesquisa revelou que a Josapar já teria conseguido o mais difícil. Penso que, antes de risco de canibalização da marca Bijo, a Josapar tem nas mãos uma rara oportunidade de comercializar o produto com uma outra proposta de valor percebido. Ao menos é isso que afirmam os consumidores pesquisados pela QualiData.
 
Paulo Di Vicenzi, diretor da QualiData Pesquisas e Conhecimento Estratégico.  

18/08/2010

A importância do Horário Eleitoral

*Por Paulo Di Vicenzi


Os programas eleitorais de TV e rádio são importantes porque a diferença entre os principais candidatos é muito pequena. São esses programas que vão decidir se vai ter segundo turno ou não. A televisão e o rádio serão as ferramentas que podem definir o futuro dessa eleição.


Hoje, rádio e televisão são os meios de maior abrangência popular e as pessoas começam a se informar sobre os candidatos e passam a se interessar pelo pleito a partir desse momento, com a entrada dos programas eleitorais no ar. A partir de agora é que se começa a medir a segmentação do voto. Porém, o horário eleitoral tanto pode dar voto como, também, tirar voto. Devemos lembrar que a televisão trabalha com a imagem e a emoção. Dependendo da imagem que os candidatos passarem na televisão é que o eleitor vai decidir se quer ou não essa imagem para o futuro do País ou do Estado. Os pontos percentuais de diferença entre um candidato e outro podem sofrer alterações com o horário eleitoral, ou seja, podem subir ou cair. A televisão é que vai determinar isso.


Imagens de Candidato


Os candidatos podem cometer erros que vão determinar se teremos ou não segundo turno. O erro mais grave é errar na escolha da imagem. O escritor Roger Gerárd abordou em seu livro “O Estado Espetáculo” as quatro imagens que o eleitor pode perceber nos candidatos: herói, pai/mãe, líder e homem simples. Ao que parece, as imagens escolhidas já estão bastante claras nesta eleição presidencial.


Candidato herói é aquele que vai resolver todos os problemas - foi a imagem explorada por Fernando Henrique Cardoso, apoiada no sucesso do Real, e por Lula na sua reeleição. Candidato pai ou mãe representa quem se propõe a cuidar dos fracos e oprimidos - papel claramente assumido por Dilma Rousseff nesta campanha. Líder é o candidato que tem charme pela sua inteligência, elegância, competência ou experiência - José Serra está tentando ser percebido assim. E o homem simples que emerge das massas para comandar foi o papel assumido com brilhantismo por Lula quando foi eleito presidente.


O erro de imagem que pode ocorrer é em colocar uma imagem contrapondo aquela que já está no inconsciente coletivo. É o que se chama de dissonância cognitiva. Para evitar isso, o primeiro ponto é saber qual é a imagem que o povo percebe no candidato e a partir daí reforçar essa imagem. Isso se descobre através de pesquisas qualitativas e vale para candidatos a qualquer cargo, de presidente a vereador. A QualiData tem ajudado muitas campanhas eleitorais pesquisando essas imagens junto aos eleitores.


Sobre os possíveis erros que poderiam ser cometidos pelos candidatos do PT e do PSDB à presidência, um equívoco grave da candidata Dilma seria trabalhar a imagem de herói, aquele que vai resolver os problemas do Estado deixados pelo antecessor. Isso seria contraditório. A imagem correta é trabalhar a figura da mãe que vai acolher e dará continuidade ao trabalho que o homem simples fez. Quanto ao candidato Serra, a imagem errada seria a do grande pai, pois ele não é percebido dessa maneira pela população. Ele deve usar a imagem de herói que vai resolver os problemas e ampliar as conquistas já efetuadas.


No caso da candidata Marina Silva (PV), ela está plantando uma semente para o futuro e não agora. Acredito que ainda teremos um Presidente da República preocupado com o meio ambiente, mas não agora. O eleitor médio ainda não sabe a importância do cuidado com o Meio Ambiente, a maioria dos brasileiros ainda tem outras prioridades na sua "agenda" política, que estão na frente da preocupação ecológica. A conquista de um segundo turno vai depender da competência da equipe estratégica de cada candidato no uso da televisão. Quanto aos demais candidatos, eles estão procurando criar ou reforçar uma imagem para, no futuro, pleitearem outro cargo, da mesma forma como fez Enéas.
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*Paulo Di Vicenzi é marquetólogo, professor e pesquisador, diretor no Rio Grande do Sul da ABCOP - Associação Brasileira de Consultores Políticos. Coautor do livro "Marketing Eleitoral - Aprendendo com Campanhas Vitoriosas" (ABCOP,2008). É diretor das empresas QualiData Pesquisas e Conhecimento Estratégico e da consultoria VAIBEM.COM.

Siga no Twitter: @PauloDiVicenzi

02/08/2010

O Poder do Eleitor

Em busca de votos, os candidatos investem milhões para conquistar os eleitores. Os repórteres Letícia Duarte e Leandro Fontoura, de ZeroHora.com, falam sobre como o leitor pode se posicionar para fazer valer o seu poder.

16/07/2010

Candidatos não devem superestimar efeitos da campanha virtual

por Paulo Di Vicenzi* (tudo@vaibem.com)


Muitos candidatos pretendem apostar alto nos recursos da internet nas eleições desse ano, como se todo mundo estivesse presente no mundo virtual. Eu sou mais cauteloso e recomendo aos meus candidatos-clientes a mesma prudência, para evitar superestimar expectativas fantasiosas com o uso da WEB.


Vamos aos números. Apenas 24% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet, sendo a maior concentração nas classes A (90%) e B (64%) - (Veja matéria no Portal Exame).


Ocorre que a classe A representa apenas 1% da população, enquanto a B congrega 19% do nosso povo. Na classe C, onde estão 48% dos brasileiros, apenas 21% têm acesso à internet desde seus domicílios. O acesso à internet ainda é, portanto, coisa de elite!!


A campanha eletrônica do Barack Obama certamente entusiasma e inspira muita gente, vários especialistas em internet estão faturando alto com cursos e palestras sobre o tema. Porém, devemos lembrar que a campanha do Obama foi nos Estados Unidos, onde o voto é facultativo e mais de 200 milhões de pessoas têm acesso domiciliar à internet, contra cerca de 20 milhões no Brasil, onde, ainda, o voto é obrigatório.


Aliás, sobre a campanha do Obama na internet vale observar o seguinte:


1. Ele não se elegeu graças à internet, apesar de que não conseguiria chegar lá sem ela.

2. A campanha dele foi feita ao longo de dois anos, desde as primárias, enquanto que aqui é de apenas 90 dias.


3. Ele usou a internet  basicamente para captar recursos (grana) e, com isso, bancar a compra de espaços em tv e rádio (que lá é paga, enquanto aqui é de graça) para fazer seus anúncios de campanha.


4. Contou com a orientação de boa assessoria de campanha - marquetólogos experientes e muitas pesquisas qualitativas e quantitativas).


5. Havia no povo americano um sentimento de frustração (crise+guerra Iraque+etc), o que determinava um desejo de mudança (Yes we can!). Será que existe sentimento semelhante por aqui??


6. Ele foi um grande competidor, com enorme habilidade de oratória e postura, carismático, soube se posicionar corretamente, representou o novo, a alternativa diferente, catalisou a esperança por dias melhores.


Ou seja, ambiente, circunstâncias, recursos, motivações e clima eleitoral completamente distintas da nossa realidade. No Brasil, o uso inteligente do telefone na campanha tem cobertura muito mais abrange, atinge maior número de domicílios e é um canal de comunicação bem mais eficiente e eficaz que as diversas ferramentas de internet. A propósito, Barack Obama também fez uso intensivo do telefone para que suas mensagens fossem ouvidas pelo povo americano.


* Paulo Di Vicenzi é diretor no Rio Grande do Sul da ABCOP (Assoiação Brasileira de Consultores Políticos).


Siga no twitter: http://twitter.com/PauloDiVicenzi

12/07/2010

72% dos brasileiros não confiam nos partidos políticos, revela pesquisa da AMB

Fonte: Agência Brasil - 10/06/2008
Pesquisa divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) indica que 72% dos entrevistados não confiam nos partidos políticos.

 
O dado faz parte do Barômetro de Confiança, instrumento de análise do grau de credibilidade dos brasileiros nas instituições e órgãos públicos do país, que passará a ser aferido regularmente pela AMB. A cada três meses, a associação realizará o estudo, em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). No primeiro levantamento, foram ouvidas 1,5 mil pessoas em todo o Brasil, maiores de 18 anos, no período de 29 de maio a 2 de junho de 2008.


Na avaliação do presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, o primeiro Barômetro de Confiança apresentou resultado “extremamente preocupante”. “É evidente a necessidade de reavaliar a atuação, principalmente dos partidos políticos, que foi a instituição com menor grau de confiança da população”. Para Pires, a exposição dos políticos está por trás da falta de credibilidade.


“Nós temos que levar em consideração que o Legislativo brasileiro vive mais na vitrine do que os outros poderes. Ultimamente têm ocorrido alguns escândalos no Legislativo, nos últimos 10 anos, por exemplo, dois presidentes do Senado tiveram que renunciar por acusações de corrupção. Tudo isso repercute negativamente na sociedade brasileira”, disse o presidente da AMB.


Na pesquisa, foram avaliadas 17 instituições. Entre elas, as Forças Armadas se destacaram, com um nível de confiança de 79%. Em seguida, vêm a Igreja Católica (72%) e a Polícia Federal (70%). Foi incluído também no estudo um levantamento sobre o conhecimento da forma de funcionamento do Poder Judiciário. Os dados indicam que apenas 8% dos entrevistados afirmam conhecer bem o funcionamento da Justiça.


“É preciso melhorar todas as instituições, não só as que tiveram baixo nível de confiabilidade, para oferecer um melhor serviço à sociedade”, completou Pires.

09/07/2010

Pesquisa mostra o perfil dos meios de comunicação no Brasil

Foram entrevistados moradores de 12 mil domicílios em 539 cidades


A Rede Globo é a emissora preferida da maioria dos brasileiros, segundo pesquisa da empresa Meta Pesquisa de Opinião, encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). De acordo com o levantamento, a Globo tem a preferência de 69,8% dos entrevistados ouvidos pelos pesquisadores. A Rede Record, segunda colocada, obteve 13%. Em seguida, aparecem SBT (4,7%) e Bandeirantes (2,9%).


Os números fazem parte da pesquisa que a Secom decidiu fazer para identificar hábitos de informação da população brasileira e, com base nesses dados, orientar as estratégias de comunicação do governo. A pesquisa foi publicada no site da Secom no dia 8 de junho. Foram ouvidos, em março, moradores de 12 mil domicílios em 539 municípios de todos os estados, entre homens e mulheres com mais de 16 anos de diferentes faixas de renda e escolaridade.


A televisão é o meio de comunicação de maior abrangência. Segundo o levantamento, ela é assistida por 96,6% da população brasileira. Os canais de televisão aberta são assistidos por 83,5% dos entrevistados. Outros 10,4% assistem, além da TV aberta, canais de TV por assinatura. No total, os canais abertos são assistidos por 93,9% dos entrevistados. Somente 2,7% afirmaram que assistem apenas canais de TV por assinatura. Segundo a pesquisa, os telejornais são considerados a programação televisiva mais relevante para 64,6% dos entrevistados. A segunda programação considerada mais importante são as novelas (16,4%). Os programas esportivos aparecem em terceiro lugar, com 7,2% da preferência.


O levantamento mostra o Jornal Nacional como o telejornal mais assistido nos lares brasileiros, com 56,4% da preferência. A confiança na Rede Globo foi apontada por 27,8% dos entrevistados como o principal motivo que faz do JN um líder de audiência. O segundo colocado na preferência foi o Jornal da Record, com 7,4%. Em terceiro e quarto lugares, aparecem outros dois jornais da Rede Globo: o Jornal Hoje (2,8%) e o Jornal da Globo (2,7%).


Comunicadores


A dupla de apresentadores do Jornal Nacional, da Rede Globo, lidera entre os comunicadores considerados mais confiáveis, segundo o levantamento. De acordo com o levantamento, William Bonner tem 33,7% da confiança dos entrevistados e Fátima Bernardes, 18,1%. Em terceiro lugar está Boris Casoy, com 4% das indicações. Em seguida, aparecem Alexandre Garcia (2,4%), Arnaldo Jabor (2%), Jô Soares (1,8%), Joelmir Betting (1,1%), Ricardo Boechat (0,9%) e Miriam Leitão (0,6%).


Segundo o relatório divulgado pela Secom, Bonner também foi destacado como comunicador que auxilia na decisão de opinião ou mudanças de ideia (12%). Nesse caso, 85,2% responderam negativamente à questão e não indicaram um comunicador.


Internet


Quase metade da população brasileira (46,1%) tem o hábito de acessar a internet, segundo pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). Desse universo, 66,5% têm acesso na própria residência e 65,5% possuem conexão de banda larga em casa. Entre os entrevistados de renda familiar mais alta – superior a dez salários mínimos mensais – o percentual de acesso à internet é de 79,9%. A proporção cai à medida que diminui a renda, alcançando 23,5% entre os entrevistados de renda familiar de até dois salários mínimos.


As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram percentuais mais elevados de acesso à internet, superiores a 45%. O Norte apresentou uma proporção de 39,1%, e o Nordeste, 37,5%. Na faixa etária de 16 a 24 anos, 68,8% afirmaram usar internet. Para os jovens, o lazer é principal motivo para acessar a internet. Entre os internautas de idade superior a 40 anos, o trabalho e a busca por informações são os principais motivos de acesso, de acordo com o levantamento.


Jornais


De acordo com a pesquisa, 46,1% dos brasileiros leem jornais. Dessa parcela, 24,7% leem todos os dias e 30,4% leem uma dia por semana. Para 42,3% dos leitores, domingo é o dia mais importante para a leitura de jornais.


A pesquisa aponta a região Sul como a de maior percentual de leitura de jornais, com 54,1%. O Nordeste tem o menor índice (27,7%). Os adultos na faixa etária de 25 a 39 anos são os que costumam mais ler jornal (50%). Dos jovens entre 16 a 24 anos, 44,6% preferem ler revistas.


O cruzamento de dados do estudo mostrou que grande parte dos entrevistados que costuma ler livros e revistas também lê jornais. Quase a metade (47,1% dos entrevistados) costuma ler livros – 29,7% leem apenas em finais de semana e 17,4% cultivam o hábito de leitura diária. Mais da metade afirmou não ler livros (52,9%).


Revistas


As revistas são lidas por 34,9% dos entrevistados, segundo a pesquisa. Desse total, 50,4% dizem que leem a "Veja", e 25% afirmam que leem apenas a "Veja". Dos entrevistados que afirmam ler revista, 16,5% disseram ler a "Época", e 16,3%, a "IstoÉ".


Rádio


De acordo com a pesquisa, o rádio é ouvido por 80,3% da população – 60,9% dos entrevistados afirmaram que ouvem rádio de uma a quatro horas por dia. A programação musical tem a preferência de 68,9% dos entrevistados, seguida pelo noticiário (19,2%). O futebol é a terceira programação mais ouvida (5,4%), segundo apontou a pesquisa. As rádios FMs predominam sobre a rádios AM. São ouvidas por 73,5% dos usuários de rádio. As emissoras AMs são preferidas por 30,7% dos entrevistados pela pesquisa.


Considerações finais dos pesquisadores:


1) A televisão e a rádio se constituem nos meios de comunicação de maior abrangência da população brasileira. A televisão é assistida por 96,6% da população brasileira, enquanto que o rádio é utilizado por 80,3% da população.


2) Os meios de comunicação impressos são consumidos em menor intensidade, em comparação a televisão e a rádio. Revistas são lidas por 34,9% da população, enquanto que 46,1% costumam ler jornais. Apenas 11,4% da população costumam ler jornal diariamente.


3) O hábito de leitura da população apresentou relação direta com o nível de escolaridade e renda familiar. Pessoas mais cultas e de maior poder financeiro lêem mais jornais e revistas, assim como desenvolvem em maior intensidade o hábito de leitura de livros em geral.


4) A Internet no Brasil segue a tendência de crescimento mundial no número de usuários e já é utilizada por 46,1% da população brasileira. Os internautas brasileiros navegam em média 16,4 horas semanais. Entre os chamados internautas residenciais (aqueles que possuem acesso a Internet em sua própria residência), a média semanal de navegação é 20,9 horas. O tempo de navegação médio apresenta relação direta com a renda e com a escolaridade. Internautas com escolaridade em nível superior navegam em média 21,0 horas/semana. Essa média eleva-se para 23,4 horas entre os internautas de famílias com renda superior a 10 salários mínimos.


5) A Internet se constitui no principal meio concorrente à televisão em determinados segmentos. Apesar de esse último ser o veículo de maior abrangência nacional, e possuir acesso a todos os segmentos da sociedade, perde espaço à Internet junto ao público de escolaridade e renda mais alta, e principalmente junto aos públicos de classe C e mais jovem. Entre a população de idade entre 16 e 24 anos, de classe C, o percentual da população com acesso à Internet chega a 73,9%.


6) Foi identificado um público de alta predisposição e intensidade de consumo de meios de comunicação. Esse público é formado por um grupo de indivíduos que costuma ler jornal diariamente, ou se não lê jornal diariamente, costuma ler alguma revista. Costuma ouvir rádio e assistir televisão entre uma e duas horas diárias, priorizando a programação de notícias. É internauta e costuma navegar no mínimo nove horas semanais.


7) Lembram-se de alguma propaganda do Governo Federal 23,2%. Esta proporção cresce se considerarmos a lembrança de propagandas de programas do governo, pois 34,8% dos entrevistados disseram já ter visto propaganda do PAC, 59,1% já viram alguma propaganda do Programa Minha Casa Minha Vida, e 44,8% disseram já ter visto alguma propaganda sobre políticas sociais do Governo Federal. Ao total 69,5% dos entrevistados lembram-se de alguma propaganda, ou PAC, ou Minha Casa Minha Vida, ou sobre programas sociais.


8) Os meios de comunicação constituem-se nas principais fontes de informação sobre o Governo Federal. Ainda que a maioria desconfie em relação a sua isenção e imparcialidade, e considere incompletas as informações veiculadas sobre o governo, utiliza as informações obtidas nestes meios para formar a sua opinião. Esta utilização, não significa, contudo, aceitação total ou incorporação direta de conteúdos. A maioria afirmou que os meios de comunicação ou os apresentadores não exercem influencia direta para a decisão de sua opinião ou para mudar sua idéia sobre os assuntos em pauta."

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=207095 em 16.06.2010

06/07/2010

ELEIÇÕES 2010 - O que é permitido e o que está proibido na campanha

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autoriza, a partir de 06 de julho/2010, a propaganda eleitoral na internet e nas ruas. Todos os cidadãos podem participar da campanha na internet, mas devem se identificar corretamente e dar direito de resposta caso algum candidato, partido ou coligação se sinta atingido.


Os candidatos poderão enviar e-mails para endereços cadastrados gratuitamente, mas caso o destinatário solicite seu descadastramento da lista de endereços, deve ser atendido no prazo máximo de 48 horas. Na internet, é proibido qualquer tipo de propaganda paga. É proibida, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral em sites de pessoas jurídicas e oficiais.


Será permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material e bandeiras em vias públicas, que podem ser colocados a partir das seis horas da manhã e retirados antes das 22 h, sempre tomando cuidado para não dificultar a passagem dos pedestres. Estão proibidas pichações, inscrições a tinta, colagem de cartazes, colocação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens públicos como postes, viadutos, passarelas e pontes, inclusive, em árvores e jardins públicos ou tapumes de obras ou prédios públicos.


A propaganda também está proibida nos bens de uso comum como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, igrejas, ginásios e estádios, mesmo que sejam de propriedade privada.


Comícios e shows
A realização de comícios com aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico, passeatas, carreatas e reuniões públicas é permitida entre 8h e meia-noite. O uso de alto-falantes deve respeitar o horário das 8h às 22h e manter distância de, no mínimo, 200 metros de hospitais, escolas, igrejas e teatros, que estejam funcionando. É proibida a realização de showmícios ou evento semelhante para a promoção de candidato, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com o objetivo de animar comício e reunião eleitoral.

Rádio, TV e mídia impressa
As emissoras de rádio e televisão estão impedidas de veicular propaganda política, inclusive paga, ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato ou partidos. A propaganda em rádio e TV é restrita ao horário gratuito que começa dia 17 de agosto. A imprensa escrita pode emitir opinião favorável a candidato. No entanto, a matéria não pode ser paga.


Está vedada a distribuição de brindes, como por exemplo, camisetas, chaveiros, bonés, canetas, ou quaisquer outros bens ou serviços. Os outdoors continuam proibidos.

05/07/2010

Cartilha do TSE - Eleições 2010

TSE publica orientações para as eleições deste ano.
Texto consolidado até 17/05/2010 - Acesse em http://migre.me/P7AK

Cuidado com a Propaganda Oficial

ATENÇÃO GOVERNADORES, PREFEITOS, ASSESSORIAS DE COMUNICAÇÃO E ÁREA JURÍDICA

Os governos federal, estaduais e municipais estão proibidos pela legislação eleitoral, a partir do último sábado, dia 3 de julho, de veicular qualquer tipo de propaganda que possa ser caracterizada como publicidade favorável às administrações. A regra se aplica ao uso de símbolos, veiculação de publicidade e logomarcas em veículos de comunicação, placas, materiais impressos e sites oficiais.

A proibição vai até o dia 3 de outubro, data do primeiro turno das eleições, ou 31 de outubro, se houver segundo turno. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as exceções são para os casos em que a publicidade oficial representa serviço público indispensável, como anúncios em casos de catástrofe ou de saúde pública.
O texto determina ainda a suspensão, durante o período eleitoral, de “toda e qualquer forma de aplicação da marca ‘Brasil, um país de todos’”. Em outro trecho, o documento estabelece que as placas de projetos de obras “devem ser alteradas para exposição durante o período eleitoral”.

Em um dos tópicos, o texto explica que placas de obras ou de projetos de obras correspondem a "painéis, outdoors, adesivos, tapumes e quaisquer outras formas de sinalização que cumpram função de identificar ou divulgar obras e projetos de que participe a União, direta ou indiretamente” como exemplos vedados pela legislação eleitoral.

A legislação eleitoral veda ainda outras práticas durante os três meses que antecedem o primeiro turno da eleição, como a transferência voluntária de recursos da União para estados e municípios. A exceção é para os casos de situações de emergência e calamidade pública.
Também estão suspensas a partir deste sábado a nomeação, contratação, remoção, transferência, exoneração ou demissão de servidor sem justa causa. A regra vale até a posse dos eleitos. Segundo o TSE, porém, estava liberada a realização de concursos públicos e nomeação de aprovados em concursos homologados até este último sábado.

Nomeações e exonerações de pessoal em cargo comissionado ou para funções no Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência também são permitidos.
 
Importante:

§ 3º - As vedações do inciso VI do caput, alíneas b e c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das esferas administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição.

01/07/2010

História do Marketing Eleitoral

Brasil, 1960 - Comercial de Jânio Quadros utilizado na campanha presidencial.



Brasil, 1989 - Comercial de Ulysses Guimarães exibido na campanha presidencial.

31/05/2010

Uma Visão de Futuro da Mídia e da Convergência: Prometeus

Essa poderá ser a realidade da mídia em 2050. Sendo uma possibilidade plausível, quem quiser sobreviver deverá se adaptar aos novos tempos de convergência.

24/05/2010

Os políticos precisam de mais marketing

A Gallup International pesquisou 60 mil pessoas em 60 países. 48% dos entrevistados relacionaram a classe política com a falta de ética e 41% disseram que os políticos são incompetentes. Nada menos que 60% classificaram os políticos como desonestos. Esse índice sobe para 77% quando são considerados apenas os entrevistados da América Latina. Consta que não foram feitas entrevistas no Brasil. Os resultados desse estudo foram divulgados no último Fórum Econômico Mundial. Pesquisa recente feita pela QualiData no Rio Grande do Sul, que avaliou o nível de confiança dos empresários gaúchos em vários tipos de instituições, revela que apenas 4,3% têm alta confiança nos políticos em geral. O índice baixa para 3,1% quando são considerados os partidos políticos.



Muitos são os fatores que determinam essa crise de confiança generalizada na classe política. Porém, um deles é, com toda certeza, a falta de marketing. Calma! Muita calma nessa hora. Antes de prosseguir nessa abordagem cabe um alerta: marketing não é e jamais deveria ser confundido com propaganda, com relações públicas e nem com promoção pessoal. Marketing é uma cultura estratégica, enquanto que propaganda é apenas uma das várias formas de comunicação. Com muita freqüência ouvimos expressões maliciosas como “uma jogada de marketing” ou “golpe de marketing”, quando na verdade o fato relatado não passa de simples propaganda ou publicidade. Mas afinal, o que é marketing? De todos os conceitos que estão nos manuais, prefiro um que define o marketing como um processo de troca, no qual as partes envolvidas devem ficar satisfeitas. Simples assim.


Ora, se a população qualifica os políticos como desonestos e pouco confiáveis, é claro que não está existindo satisfação nessa troca. O eleitor dá seu voto na esperança de que os eleitos simplesmente cumpram suas promessas de campanha. Prometeu, tem que cumprir. Essa é a mais elementar das regras de marketing. Promessa não cumprida gera insatisfação, desconfiança e frustração. Se o eleitor não está satisfeito, esta é a prova de que o que políticos estão praticando pode ser chamado de muitas coisas, até de propaganda enganosa, mas nunca de marketing. Na verdade, a crise de confiança nos políticos existe porque, geralmente, o que eles insistem em praticar é o anti-marketing. Mentiras, dissimulações, posturas antiéticas, conchavos, troca de favores, corrupção ativa e passiva, barganha de cargos, vantagem pessoal, enfim, é longa a lista de mensagens associadas aos políticos que os noticiários nos entregam todos os dias, há bastante tempo. Nada disso é marketing.


Todos os políticos são desonestos e merecem nossa desconfiança? É claro que não. E é exatamente para estes que o marketing tem valor de verdade. Marketing não é enganação e não é manipulação. O eleitor nunca foi bobo, mas hoje está muito esperto. Não aceita campanhas toscas, que tentam transformar candidato em mercadoria de prateleira. Candidato que tenta enganar ou manipular já era. O eleitor pode errar – e ainda erra-, é verdade. Mas os erros serão cada vez menores. Nesse ambiente, o marketing é a arte do ajustamento. Terá vantagem quem melhor souber ajustar suas idéias e posições aos anseios da população. Conquistará respeito quem prometer só o que poderá cumprir. Será digno de reconhecimento quem entender de verdade que eleição é um processo de troca, onde todos devem ficar satisfeitos de fato, especialmente o eleitor. Estará praticando marketing quem assim proceder, não apenas durante a campanha, mas principalmente depois das eleições, seja qual for o resultado.


Marketing: é isso que falta para melhorar a imagem dos políticos.
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*Paulo Rogério Di Vicenzi Rodrigues é consultor de marketing político, pesquisador e diretor da ABCOP – Associação Brasileira de Consultores Políticos no Rio Grande do Sul. Coautor do livro “Marketing Eleitoral: Aprendendo com Campanhas Municipais Vitoriosas” (ABCOP, 2008). É diretor da QualiData Pesquisas e Conhecimento Estratégico. E-mail: qualidata@qualidata.org

Perdi a eleição por uma bobagem

(Relato baseado em caso real)

“Meu santinho foi feito no capricho: foto bonita, papel de qualidade e ótima impressão. Mandei fazer uma quantidade bem grande, que era pra não faltar material na campanha. Afinal, todo mundo sabe que santinho ajuda na propaganda de um candidato. E, como a gráfica fez um precinho camarada, gastei uma boa parte do meu dinheiro nesses impressos.

Lembro que, bem antes de começar a campanha, o pessoal da VAIBEM.COM suge-riu que eu usasse o telefone para chegar até os eleitores. Cheguei a duvidar quando ouvi que eu poderia falar com mais de 140 mil pessoas por dia! Depois acabei entendendo como isso era simples e rápido. Descobri que dava para cobrir rapidamente vários municípios ou grandes regiões, sem precisar fazer viagens longas, cansativas, arriscadas e muito dispendiosas. Ou seja, eu pouparia tempo e dinheiro.



O pessoal da VAIBEM.COM ainda comentou que essa era uma maneira simpática de chegar até os eleitores, dando o recado com a minha voz. Percebi que esse era um jeito muito econômico para fazer meu nome ser conhecido e lembrado. Cada ligação era bem mais barata que o preço de um selo de carta simples! E mais: eu só pagaria pelas ligações que fossem atendidas de fato! Tudo que eu precisava para falar com os eleitores e ganhar os votos. O Obama fez isso tempos depois, nas eleições americanas.


Confesso que, apesar de ter toda essa informação, eu não dei muita bola. Afinal, com a quantidade de santinhos que havia encomendado, eu tinha certeza que a minha propaganda estaria em todos os lugares, a campanha seria um sucesso. Mas, quando me dei conta, era tarde demais. A minha certeza se transformou em pavor. Comecei mesmo a encontrar santinhos aos montes em todos os lugares: lixeiras, sarjetas das ruas, entupindo bueiros, amassados ou pisoteados no chão, uma sujeira de dar vergonha. Pior: eram santinhos de vários candidatos, os meus também estavam lá, poluindo tudo. Foi aí que eu percebi o tamanho do meu erro. Quanto dinheiro havia jogado fora, quanto desperdício, um prejuízo enorme.


Agora, o que doeu mesmo foi aquele domingo, quando um vizinho contou que um dia o telefone tocou na casa dele. A sua mulher atendeu e era a ligação de um candidato. Disse que ela arregalou os olhos de surpresa ao ouvir a voz dele, ficou toda alegre, se sentiu importante por ser lembrada. Ela passou dias contando pra todo mundo sobre o telefonema e falando bem do candidato. Isso doeu porque aquele domingo era o dia das eleições. Aí não dava tempo pra fazer mais nada.


É, eu sei, reconheço: perdi a eleição por uma bobagem. Deveria ter dado mais atenção e seguido os conselhos do pessoal da VAIBEM.COM. E sabe o que aconteceu com aquele candidato que ligou pra casa do meu amigo? Pois é, acabou sendo eleito. E com folga de votos! Agora, na próxima campanha eu já sei o que devo fazer.”

A história dessa campanha pode ter um final mais feliz. Quem fala direto com os eleitores ganha confiança, ganha prestígio e ganha votos que podem garantir uma eleição.